Histórias de Vida
“Eu cheguei até a APACE por meio do CRAS. Me associei após buscar a documentação para o passe-livre no transporte coletivo. Dali passei a fazer academia, bike, violão... Minha vida mudou muito em várias coisas depois da APACE. Querendo ou não, nós enfrentamos muitos preconceitos na sociedade e, com a APACE, eu me encontro com pessoas, amigos, que são iguais a mim.
Acrescentou muito, porque hoje eu convivo com pessoas como eu, que não tem preconceito com a falta de visão. Tem vários amigos que são músicos, estamos sempre cantando... Eu já fiz até um samba para a APACE! Antes eu ficava em casa, não tinha nenhum tipo de convívio social. Hoje, eu sei que tenho deficiência visual, mas me inspiro nas pessoas que tem menos visão do que eu e fazem muitas coisas interessantes. A APACE precisa existir para resgatar o deficiente visual do fundo da vila, que muitas vezes fica jogado em casa, com depressão, e mostrar que ele também é importante.”
Acrescentou muito, porque hoje eu convivo com pessoas como eu, que não tem preconceito com a falta de visão. Tem vários amigos que são músicos, estamos sempre cantando... Eu já fiz até um samba para a APACE! Antes eu ficava em casa, não tinha nenhum tipo de convívio social. Hoje, eu sei que tenho deficiência visual, mas me inspiro nas pessoas que tem menos visão do que eu e fazem muitas coisas interessantes. A APACE precisa existir para resgatar o deficiente visual do fundo da vila, que muitas vezes fica jogado em casa, com depressão, e mostrar que ele também é importante.”
Julio Cesar de Lima Ramos
Morador de Passo Fundo. É usuário dos serviços da APACE há cerca de dois anos e meio
“Antes da APACE eu tinha mais dificuldade de me locomover, caía. Era tudo mais difícil. Depois, eu comecei a fazer aulas e a utilizar a bengala. A gente aprende na rua, começa com o básico e vai aprendendo. Agora eu vou sozinha para APACE. Minha vida sem o que eu aprendi aqui seria bem diferente, mais difícil.
Com o que eu aprendi eu comecei a me ajudar mais também, principalmente para aprender o braile e para usar a bengala. Quando eu perdi a visão eu desisti de tudo, foi bem difícil. Mas, com a APACE eu comecei a superar. Vi que tinham mais pessoas com deficiência. Depois que eu consegui me dar bem com o braile, eu pude realizar meu sonho de escrever. Eu escrevo de tudo, poesia, pensamentos, orações...”
Com o que eu aprendi eu comecei a me ajudar mais também, principalmente para aprender o braile e para usar a bengala. Quando eu perdi a visão eu desisti de tudo, foi bem difícil. Mas, com a APACE eu comecei a superar. Vi que tinham mais pessoas com deficiência. Depois que eu consegui me dar bem com o braile, eu pude realizar meu sonho de escrever. Eu escrevo de tudo, poesia, pensamentos, orações...”
Erica Marini Ribeiro
Moradora de Ciríaco, começou a frequentar a APACE em 2016, ao buscar aprender Braille
“No começo foi bem difícil, inclusive na aceitação da doença. Antes da APACE eu tinha uma vida solitária. Não utilizava a bengala, mas achava que era uma forma de ser mais independente. Eu sempre tive interesse nas aulas de mobilidade e, quando surgiu a oportunidade, fiz e mudou a minha vida completamente. Me tornei muito mais independente. Hoje eu cozinho, limpo a casa, vou para as atividades da APACE, tudo sozinha.
A APACE precisa existir pois é uma segunda família, que te mostra que mesmo com baixa visão tu tens capacidade, pode fazer as coisas. Se não fosse a entidade eu não seria a pessoa que eu sou hoje. Antes eu me sentia inútil, mas hoje eu vejo ao contrário: hoje eu sou outra Ana. Depois que fiz amigos no grupo da APACE eu até me relaciono melhor com as outras pessoas. Esse apoio é fundamental.”
A APACE precisa existir pois é uma segunda família, que te mostra que mesmo com baixa visão tu tens capacidade, pode fazer as coisas. Se não fosse a entidade eu não seria a pessoa que eu sou hoje. Antes eu me sentia inútil, mas hoje eu vejo ao contrário: hoje eu sou outra Ana. Depois que fiz amigos no grupo da APACE eu até me relaciono melhor com as outras pessoas. Esse apoio é fundamental.”
Ana Claudia Costa Antunes
Moradora de Passo Fundo, frequenta a APACE há 12 anos
“Eu não me aceitava, não queria viver e relutei dois anos após a perda da visão até, finalmente, ir para a APACE. Foi quando eu comecei a aceitar a deficiência. Hoje, tenho orgulho da minha bengala e não me sinto mais com vergonha. Sou quem eu sou graças a APACE. Conheci meu esposo lá, fomos colegas na aula de braile e, hoje, nós completamos nove anos juntos.
Sem a APACE não conheceríamos a independência. Nem me imagino sem tudo que aprendi ali. Hoje eu tenho independência, tenho autoestima, percebo que a baixa visão é apenas uma limitação. Eu sou muito feliz por tudo o que aprendi na APACE, graças a Deus. A nossa família também aprendeu a lidar melhor e nos respeitar pela nossa diferença.”
Sem a APACE não conheceríamos a independência. Nem me imagino sem tudo que aprendi ali. Hoje eu tenho independência, tenho autoestima, percebo que a baixa visão é apenas uma limitação. Eu sou muito feliz por tudo o que aprendi na APACE, graças a Deus. A nossa família também aprendeu a lidar melhor e nos respeitar pela nossa diferença.”
Daisyane Souza Fioresi
Moradora de Pontão, frequenta a APACE desde 2010
“Eu sou do interior e quando criança era tudo muito difícil em função da baixa visão e também da dependência para fazer as coisas. Sou muito grato a APACE: foi a escola que me ensinou a me virar. Antes, era um bicho de sete cabeças eu ter que me locomover; mas hoje vou para Passo Fundo quando precisa, moramos sozinhos e nos viramos.
Além da independência para me locomover, conquistei meu amor na APACE, porque muitas das atividades que eu fazia, a Daisyane também fazia. Fomos criando um elo, que começou como uma amizade e hoje somos casados. Não tem como imaginar a região sem a APACE. As novas gerações precisam desse suporte para se preparar para a vida. Tudo que a gente faz é baseado no que aprendemos lá.”
Além da independência para me locomover, conquistei meu amor na APACE, porque muitas das atividades que eu fazia, a Daisyane também fazia. Fomos criando um elo, que começou como uma amizade e hoje somos casados. Não tem como imaginar a região sem a APACE. As novas gerações precisam desse suporte para se preparar para a vida. Tudo que a gente faz é baseado no que aprendemos lá.”
Venilson José Fioresi
Morador de Pontão, frequenta a APACE desde 2006